terça-feira, novembro 2

Vegetação do Cerrado renasce

Vegetação do Cerrado renasce
A capacidade de se renovar, mesmo depois de incêndios, é uma peculiaridade das espécies locais. As raízes alcançam grandes profundidades no solo

      As marcas deixadas nas matas do Distrito Federal durante quatro meses sem chuva finalmente começam a ser amenizadas. Como um remédio há muito aguardado, a água chegou discreta, e aos poucos nutre as folhas que brotam dos galhos retorcidos e lava as cinzas das árvores atingidas pelo fogo. O verde vivo das plantas rasteiras colore a paisagem cinzenta a cada pancada de chuva que molha o solo seco castigado pelo sol.
        A tradicional seca vivida todos os anos pelos habitantes do Planalto Central não costuma afetar as árvores retorcidas do cerrado, que estendem até as mais distantes profundezas suas raízes em busca de todos os nutrientes que a terra possa lhes oferecer. Esse efeito cria uma espécie de floresta invertida, que pode parecer abalada na superfície, mas esconde uma extensão ainda maior no subsolo, cheia de vida e aguardando pacientemente pela chegada das chuvas.

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