quarta-feira, maio 26

A viagem do lixo

  Onde vai parar o lixo que sai da sua casa? Já parou pra pensar nisso?

 
 Esta é com certeza uma das principais razões que nos motiva a praticar a coleta seletiva, que é, antes de qualquer coisa, uma luta contra a destinação de materiais para aterros sanitários e lixões.

  O lixo gerado diariamente pela sociedade é encaminhado, via de regra, para aterros e lixões. Até pouco tempo discutia-se a questão dos lixões a céu aberto e todo o problema de contaminação e emissão de gases.

  Algumas cidades já não destinam seus resíduos para lixões e sim para aterros controlados, que são áreas um pouco menos bizarras para se encaminhar o lixo. Isso porque existe uma preocupação técnica com a área, garantindo a preparação do solo e em alguns casos a captação do biogás, gerado em decorrência do processo de decomposição do material orgânico, um dos grandes vilões do aquecimento global.

  Mas isso não pode ser encarado como uma situação ideal. Aterrar lixo é desperdiçar todo o potencial econômico e social de diversos tipos de material. É soterrar recursos que darão origem a necessidade de novas extrações de matéria-prima de origem não renovável.

  Além disso, o aterramento de lixo gera uma situação com impactos em cadeia. Os aterros e lixões, depois de alguns anos, vinte ou trinta em média, tornam-se enormes montanhas, alterando a paisagem natural do local. Devido a destinação inadequada de resíduos, a massa que forma essas montanhas acaba sendo composta por materiais orgânicos, que se degradarão em algumas semanas ou meses e outros, como garrafas plásticas, por exemplo, que demorarão séculos para serem degradadas.

  Essas montanhas ficarão em processo de decomposição, que farão a estrutura do morro se mover e em alguns casos desabar, como já aconteceu em São Paulo, no aterro Bandeirantes, desativado por falta de capacidade e mais recentemente em Niterói, no Morro do Bumba, este caso agravado pelas chuvas.

  A questão não acaba aí. O que acontece quando esta área tem sua capacidade esgotada? Seu lixo continua viajando, mas desta vez vai mais longe, para alguma cidade vizinha que ainda esteja disposta a receber o lixo do alheio.

  Mas será que alguém quer receber lixo dos outros? Claro que sim.
 As prefeituras pagam às prestadoras de serviço para que esse lixo todo seja transportado, longas distâncias só farão o custo do serviço aumentar e isso é muito vantajoso para todos, pois onde há mais dinheiro, sempre sobra dinheiro, você compreende?

  Neste novo cenário temos mais emissões de gases em consequência do transporte rodoviário, mais custos para a sociedade e ônus para a natureza. De quebra, ainda dificultamos o trabalho de catadores, que passam a ter menos acesso ao material reciclável que era bravamente retirado dessas montanhas.

  Um problema global empurrado com a barriga, de grandes interesses políticos e consequências desastrosas para a sociedade e para a natureza. Um problema que pela negligência das autoridades acaba gerando desastres como o do Morro do Bumba, em Nitérói, onde o governo estimulou a ocupação da área do antigo lixão com fins residenciais.

  Enquanto isso, o esforço para não colocar o seu lixo junto com esse lixo viajante ainda é a melhor e mais pratica solução.

  Recicle mais, recicle sempre.

Autor: Erich Burger

4 comentários:

Anônimo disse...

Eles tem molhorar o lixão ,por que assim não dá.
Bruna Tereza 6°D

RENATO E LUCAS disse...

esse texto é muito interesante pois mostra muita coisa que acontece com o lixo que nos não sabemos Renato e

Anônimo disse...

EU ENTENDI QUE E MUITO IMPORTANTE CUIDARMOS DO LIXO POIS NÃO SABEMOS ONDE VAI PARAR RENATO E LUCAS 6 B

Anônimo disse...

Eu LI ESSE TEXTO,NA MINHA OPNIÃO É MUITO IMPORTANTE CONCERVAR O MEIO AMBIENTE SE NÃO NO FUTURO MUITAS PESSOAS ESTARAM COM PROBLEMA DE SAUDE.A RECICLAGEM É MUITO IMPORTANTE TAMBÉM,O XORUMI FAZ MAL A SAUDE.


GIULIA ELLEN S. SANT ANA 6C

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